O que Está Acontecendo com os Fundos Imobiliários?

Canuto Insights - Edição #13

Espero que você aproveite ao máximo a nossa Edição de Número 13 da Canuto Insights, o lugar onde eu compartilho e documento a minha história e aprendizados no dia a dia, além do meu conhecimento e experiência de mais de 10 anos no Mercado Financeiro e de Capitais.

Hoje quero conversar com você sobre:

  • O que está Acontecendo com os Fundos Imobiliários

  • Por que você não deve se preocupar

  • Resumo dos Mercados

  • Minhas Recomendações

⏱️ Tempo total de leitura: 06 minutos e 37 segundos

🏘️ O QUE ESTÁ ACONTECENDO COM OS FIIS?
Fundos Imobiliários em Constante Queda
Tempo de Leitura: 04min e 02 seg

Performance do Mercado de FIIs nos últimos 60 dias

Nos últimos dias eu tenho visto um aumento da preocupação por parte dos investidores de Fundos Imobiliários.

E entendo perfeitamente. Afinal, o IFIX (Principal índice de FIIs) vem caindo 6% nos últimos 2 meses.

Mas saiba que há um motivo para essa queda do mercado como um todo. E esse motivo se chama..

  • Elevação dos Juros Futuros

Em função do cenário cada vez mais desafiador das políticas fiscais aqui no Brasil, o Banco Central se viu na obrigação de voltar a aumentar a taxa básica de juros da nossas economia, a Selic.

Mas não é a Selic que influencia a direção do mercado de FIIs. O principal fator mesmo são os juros futuros, que acabaram também subindo nos últimos meses por causa dessas preocupações do cenário fiscal.

Lembre sempre: no curto prazo o mercado se move com base nas expectativas futuras.

Agora eu quero que você entenda o seguinte..

Quem investe em Fundos Imobiliários precisa se preocupar apenas com uma única coisa:

  • Com a segurança e previsibilidade que vai obter de renda passiva através do investimento em uma carteira consolidada de Fundos Imobiliários.

Todo o restante é apenas ruído de Mercado.

Portanto, vou trazer aqui 5 aspectos fundamentais para que você fique tranquilo(a) durante esse cenário desafiador de alta dos juros brasileiros para o Mercado de FIIs.

Você vai perceber que eu fico repetindo uma palavra específica. Mas tem um motivo por trás disso: o de fixar essa palavra na sua mente de investidor(a).

  1. Rendimento vs Preço das Cotas:
    Mesmo com oscilações no preço das cotas no curto prazo, os FIIs continuam pagando proventos, e essa previsibilidade é um dos maiores atrativos desse investimento. Caso os FIIs da sua carteira estejam com os fundamentos intactos, então essas quedas podem se transformar em boas oportunidades de comprar um número maior de cotas com um valor aportado bem menor.

  2. Impacto Temporário dos Juros
    Em tempos de juros altos, as cotas dos FIIs e de outros ativos de risco geralmente sofrem. Isso acontece porque, com taxas elevadas, muitos investidores preferem a renda fixa, reduzindo a demanda por ativos de risco como os FIIs. Mas essa fase é temporária. Quando os juros voltam a cair, os preços das cotas tendem a se recuperar. É normal que o mercado passe por essas oscilações, e, no longo prazo, os FIIs geralmente se valorizam. Nesses momentos é necessário ter paciência e muita resiliência.

  3. Segurança e Previsibilidade
    Fundos Imobiliários são um investimento pensado para quem quer uma fonte de renda extra, com a possibilidade de receber um valor mensal e previsível. Em alguns casos, essa renda é até ajustada pela inflação, mantendo seu valor real. Assim, FIIs são ótimos para quem quer estabilidade, seja para complementar o orçamento, cobrir despesas ou planejar a aposentadoria.

  4. Benefícios do Longo Prazo
    Os FIIs mostram seus melhores resultados para quem pensa a longo prazo. Quando reinvestimos os proventos, estamos aumentando nosso patrimônio e aproveitando o efeito dos juros compostos. Com o tempo, isso cria um “efeito bola de neve”, aumentando seu capital e, consequentemente, sua renda mensal. Esse poder de crescimento compensa muito mais do que as oscilações temporárias do valor das cotas.

  5. Mantenha-se Firme no Plano
    Ver o preço das cotas cair pode assustar, mas lembre-se: o importante é que a renda mensal continua. Fundos imobiliários são uma estratégia sólida para diversificar sua renda e trazem mais segurança. O investidor que mantém seu plano e não se deixa levar por oscilações de curto prazo tende a colher os maiores frutos.

Além dos pontos mencionados acima, trago para você aqui o que deve ser observado de verdade quando se pensa em investir em Fundos Imobiliários:

  1. Qualidade e Histórico da Gestora

  2. Qualidade e Diversificação dos Imóveis

  3. Qualidade e Diversificação dos Inquilinos

  4. Estrutura e Vencimento dos Contratos

  5. Histórico de Vacância

  6. Nível de Alavancagem

  7. Solidez da Renda Entregue para o Investidor

E só mais uma observação..

Não busque alocar um percentual relevante da sua carteira em Fundos Imobiliários High Yield. Pois são esses mesmo fundos que acabam sofrendo uma desvalorização muito grande nessas situações de juros altos.

A alta renda paga por eles acaba não sendo suficiente para suprir toda a perda patrimonial causada pelo aumento excessivo dos riscos ao se investir nesse tipo de ativo.

O maior percentual da sua carteira deve estar em Fundos Imobiliários de Tijolos, que sejam de boa qualidade e que estejam inseridos nos principais segmentos de FIIs (Lajes Corporativas, Galpões Logísticos, Shoppings e Renda Urbana). Além disso, a depender do seu Perfil de Investidor, pode pensar também em ter entre 10% e 30% em Fiis de Papel.

Lembre mais uma vez: Você está buscando por previsibilidade e renda ao investir nessa Classe de Ativos. Se quiser correr mais riscos, então tem outra Classe que irá entregar uma melhor relação risco x retorno nesse sentido, que seriam as Ações.

 🤜🤛 Vamos interagir?

Agora antes de prosseguirmos, gostaria de saber de você.

Qual o Percentual do seu Patrimônio que você tem alocado em Fundos Imobiliários?

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📊 MERCADOS NO BRASIL E AO REDOR DO MUNDO
21/10/24 a 25/10/24
Dados de Fechamento de Mercado em 25/10/24.
Dados do Bitcoin: 21h do dia 27/10/24.
Tempo de Leitura: 02min e 35seg

IBOV

129.893,32

-0,46%

EWZ

28,13

-0,25%

IFIX

3.181,65

-1,68%

SMLL

1.996,13

-0,60%

S&P 500

5.808,12

-0,96%

Nasdaq

18.518,61

+0,16%

Russell 2000

2.208,27

-3,07%

Bitcoin

U$67.930,66

-1,28%

Dólar

R$5,71

+0,20%

DXY

104,32

+0,83%

Ouro

U$2.746,56

+0,93%

Petróleo WTI

U$71,80

+2,94%

Mundo: O destaque da semana foi mais uma vez a temporada de resultados do 3T24. Foi uma semana movimentada para as companhias americanas, com 183 empresas do S&P 500 tendo reportado os seus balanços até agora. Dessas, 76% superaram as estimativas de lucros, com uma surpresa de lucro de 6%, segundos dados do Bloomberg.

Brasil: As falas do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, e do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, sobre a política fiscal e o comprometimento com a meta de inflação levaram a uma descompressão de riscos, com forte fechamento da curva de juros durante a semana. Já em relação aos dados, o destaque foi o IPCA-15 de outubro, que veio acima das expectativas, reforçando a tendência de deterioração da inflação brasileira. Entre os principais destaque positivos temos Usiminas (USIM5, +8,5%), após a divulgação de resultado do 3º tri acima do esperado. Já o principal destaque negativo foi Azul (AZUL4, -9,6%), após a redução de seu preço-alvo por um banco de investimentos.

Ações: Vale chega a acordo com o poder público para reparação integral pelo rompimento da barragem de Fundão da Samarco que prevê um valor financeiro de R$170 bilhões. Vibra aprova sua 8ª emissão de debêntures de R$2 bilhões. B3 aprova sua 9ª emissão de debêntures de R$1,7 bilhão. Lojas Renner propõe bonificação de ações de 10%.

Fundos Imobiliários: BCFF informa sobre início de prazo para declaração do custo médio dos investidores. ALZR vende imóvel para o GGRC por R$47,5 milhões, sendo R$9 milhões em dinheiro e R$38,5 milhões em cotas GGRC11. GARE assina contrato de Sale&Leaseback com o Carrefour para a compra de 15 imóveis por R$725 milhões

Índices: Nós monitoramos o desempenho semanal de 12 principais índices para os inscritos da nossa Newsletter. 04 Índices no Brasil (IBOV, Ibovespa Dolarizado, Small Caps e Fundos Imobiliários). 03 Índices nos EUA (SP500, Nasdaq, Russell 2000). 02 Índices de Moeda (Índice Dólar e Cotação do Dólar em relação ao Real). 01 Índice de Criptoativos (Bitcoin, que é o principal deles). 2 Índices de Commodities (Ouro e Petróleo).

Minha Opinião: A bolsa brasileira segue tendo performance negativa, muito em função das incertezas fiscais e aumento recente dos juros. Enquanto não reduzir essas incertezas, imagino que os ativos de risco no Brasil continuarão sofrendo no curto e médio prazo. O destaque negativo no exterior ficou com as empresas de baixa capitalização de mercado, com o seu principal índice (Russel 200) caindo 3% na semana que passou. O Bitcoin superou o canal de baixa (região de acumulação que vem desde Março desse ano) e fez um teste bem sucedido recuando até os U$65.000. Neste momento que escrevo a Newsletter já voltou a subir forte, atingindo o patamar de U$70.183. Com as eleições americanas se aproximando, creio que veremos mais volatilidade ainda no Bitcoin e no Mercado Cripto de forma geral.

Obs: Os fatos relevantes do Brasil e do Mundo são extraídos do informe semanal da XP. Já os fatos relevantes das empresas e dos fundos imobiliários são extraídos do informe que recebo semanalmente da empresa Fundamentei. Eu apenas faço um filtro destacando os mais importantes na minha visão. 

Dessa vez não teremos as Recomendações da Semana. Mas na próxima edição eu compenso e trago pelo menos 5 para vocês ;)

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Um grande abraço e nos vemos na próxima semana! 💪🏻

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